O que?
Os jovens de um modo geral vivem em consenso de grupo, estão sempre em bandos nas circunvizinhanças de suas casas, na escola, na academia, no futebol, onde lhes atraiam um grupo de afinidade. Muitas vezes com valores e códigos próprios formando uma identidade, emos, hippies, roqueiros, desportistas, estudiosos, universitários e também religiosos. É uma exigência natural da própria estrutura psicológica em formação, a segurança dos iguais, das opiniões compartilhadas, pelos próprios interesses comuns, na faixa das preocupações comuns daquela idade. Mais amadurecidos, pela identidade sedimentada nas diversas profissões escolhidas e seguidas, e a afetividade em bases de maiores responsabilidades, com relacionamentos menos intempestivos, com mais qualidade que quantidade, é inevitável a dispersão, quando naturalmente e gradativamente passam a ver o mundo de um ponto de vista menos grupal, mas definido em si mesmos, e no que individualmente buscam, para da melhor forma assumirem-se em suas responsabilidades, diante da vida como auto-suficientes e independentes.
Esse é o caminho da natureza da juventude na Terra, nesse percurso poderíamos acrescentar o idealismo ou egoísmo sonhador dos jovens aventureiros, de festas, esperanças e brilhos, modismos, aparências e prazer; dos que desconhecem a proporção dos embates materialistas das durezas do ganha-pão, por serem dependente ainda dos pais; dos que desconhecem os perigos inerentes à fragilidade da própria identidade, que para se auto-afirmar num grupo aceita o errado como certo; dos que se desrespeitam nas drogas etc. E poderíamos acrescentar também nesse percurso juvenil, os que estudam, os que tiveram boas bases de afeto no lar e embora jovens distinguem o que é melhor pra si sem descaracterizar-se para o grupo; dos que estudam apesar das dificuldades financeiras demonstrando um nobre espírito de resistência ao meio hostil; dos que trabalham e não sonham sufocando em lágrimas suas aspirações, no espinhal das dificuldades cotidianas, do trabalho precocemente forçado; dos que sofrem preconceitos de toda sorte por destoarem em aparência, sexo, cor, etc, dos valores estabelecidos. Para todos existe o mesmo sol todo dia, o mesmo Cristo, o mesmo Deus.
A Mocidade Espírita percebe todo esse terreno que é a juventude, de festa, idealismo, sonho, esperança e também de queda, falta de oportunidade, rebeldia, fuga, etc, e traz uma proposta dentro da mesma lógica de contexto de grupo que lhe é tão necessário, só que afinizando-o ao ideal Cristão e longe de imposições, críticas, moralismo, ou sustentação falsa de auto estima. Traz bases de conhecimentos existenciais sólidos para a formação do senso crítico com relação ao posicionamento pessoal diante da problemática da vida! O seu dever! Como diria o poeta russo Mayakovsk “Somos felizes não quando vivemos, mas quando sabemos por que vivemos!” Os jovens querem porquês, já não são passivos como em outros tempos, os mitos e repressões das religiões tradicionais já não dão suporte à razão especulativa da inteligência juvenil atual, que muitas vezes descamba pelo materialismo e egoísmo cultural, por falta de alternativas espiritualizadas de visão do conjunto espiritual/material. Conhecimentos como: reencarnação, a utilidade do bem, da solidariedade e caridade, do reconhecimento pessoal, de virtudes e defeitos e o aprimoramento objetivo e gradual do próprio ser no trabalho exemplificado. Esta é a proposta da Casa Espírita para a Mocidade.
A abelha vai à flor por ela ser vermelha e ter perfume atraente, chegando lá, encontra o mel docinho e se refestela toda, pensa em levar tudo consigo, aí bate na haste cheia de sementinha, que cola imediatamente no seu corpo e patas sem que ela consiga se desvencilhar, ai vem a grande descoberta: ela pode trabalhar, levando mel para lá e para cá, e polinizar, jogando sementes ali e acolá. Ela não pensava em tudo isso, só queria ser feliz atraída pela beleza da flor, se lhe dissesse que ia trabalhar, talvez nem saísse da colméia desestimulada pela complexidade do trabalho. A casa espírita oferece à mocidade atrativos na proporção da idade, pra que os jovens sejam conquistados, atraídos, responsabilidades virão posteriormente pela voluntariedade e convicção, extensão do que ali foi ensinado. Ele nem sabe a proporção da tarefa que participa, no momento, mas posteriormente com persistência, fará descobertas maravilhosas acerca do servir, amar como a abelhinha!
Amor, estímulo, a participação em atividades da Casa (Centro Espírita), respeito, sua opinião discutida, individualidade respeitada, atividades lúdicas, música, exemplo, tudo isso fará parte de um contexto didático, no esforço de quem a dirige para garantir a conquista do jovem candidato, futuro colaborador Da Casa. Como diria o grande e lídimo Orador Espírita, ícone Divaldo Pereira Franco, num momento descontraído de sua palestra no tema “Mocidade Espírita”: A Velharia vai morrer e quem a substituirá?! Referindo-se a importância da preparação de jovens trabalhadores que devem vir, justamente, do setor que a Casa dispõe para eles, ou seja: A MOCIDADAE!
Mocidade é força.
Mas, se a força não estiver sob a direção da justiça, pode converter-se em caminho para a loucura.
Mocidade é poder.
Entretanto, se o poder não aceita a orientação do bem, depressa se converte em tirania do mal.
Mocidade é liberdade.
Todavia, se a liberdade foge à disciplina é, invariavelmente, a descida para deplorável situação.
Mocidade é chama.
No entanto, se a chama não sofre o controle do proveito justo, em breve tempo se transformará em incêndio devastador.
Mocidade é carinho.
Mas, se o carinho não possui consciência de responsabilidade, pode ser veneno mortal para o coração.
Mocidade é beleza da forma.
Contudo, se a beleza da forma não se enriquece com aprimoramento interior, não passa de máscara perecível.
Mocidade é amor.
Entretanto, se o amor não se equilibra na sublimação da alma, cedo se transforma em paixão infeliz.
Mocidade é primavera de sonhos.
Todavia, se a primavera de sonhos não se enobrece no trabalho digno, todo o nosso idealismo será simplesmente um campo de flores mortas.
Se fé encontras na hora radiante da juventude, não te esqueças de que o tempo é o nosso julgador implacável.
Mas, se a força não estiver sob a direção da justiça, pode converter-se em caminho para a loucura.
Mocidade é poder.
Entretanto, se o poder não aceita a orientação do bem, depressa se converte em tirania do mal.
Mocidade é liberdade.
Todavia, se a liberdade foge à disciplina é, invariavelmente, a descida para deplorável situação.
Mocidade é chama.
No entanto, se a chama não sofre o controle do proveito justo, em breve tempo se transformará em incêndio devastador.
Mocidade é carinho.
Mas, se o carinho não possui consciência de responsabilidade, pode ser veneno mortal para o coração.
Mocidade é beleza da forma.
Contudo, se a beleza da forma não se enriquece com aprimoramento interior, não passa de máscara perecível.
Mocidade é amor.
Entretanto, se o amor não se equilibra na sublimação da alma, cedo se transforma em paixão infeliz.
Mocidade é primavera de sonhos.
Todavia, se a primavera de sonhos não se enobrece no trabalho digno, todo o nosso idealismo será simplesmente um campo de flores mortas.
Se fé encontras na hora radiante da juventude, não te esqueças de que o tempo é o nosso julgador implacável.
A plantação de agora será colheita depois.
Nossas esperanças dia a dia se materializam nas obras a que nos destinamos.
Nossas esperanças dia a dia se materializam nas obras a que nos destinamos.
A lei será sempre a lei.
Povoam-se e despovoam-se berços e túmulos, para que o Espírito, divino caminheiro, através da mocidade e da velhice do corpo terrestre – desenvolva, em si, as asas que o transportarão a cima da vida eterna.
Assim, pois, se realmente procuras a felicidade incorruptível, confia teu coração e tua mente ao Cristo Renovador, a fim de que, jovem hoje, te faças amanhã, o caráter sem jaça que lhe refletirá no mundo a Divina Vontade.
Emmanuel
Extraído do Livro "Paz e Libertação" Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
“Vinde a mim vós que estás cansados e oprimidos e eu vos aliviarei!”
Por Ricardo Souto